sexta-feira, 13 de abril de 2007

SIDA: Informação sobre sida não basta para mudar comportamentos de risco

A transmissão de informação sobre as vias de contágio e as consequências da sida não chega para prevenir comportamentos de risco, revelam dois estudos feitos por investigadores da Universidade Lusófona junto de adolescentes e jovens adultos que serão apresentados no 8.º Congresso Mundial de Adolescência que começa hoje e termina no sábado, em Lisboa.Tendo em conta que o grosso dos infectados com HIV/sida em Portugal têm entre 20 e 40 anos e que o período de incubação da doença ronda os dez anos, a maior parte terá sido infectada na adolescência ou no início da idade adulta. Quem o afirma é Marina Carvalho, docente de Psicologia na Universidade Lusófona, em Lisboa, e uma das autoras dos estudos que vão ser apresentados num evento organizado pela secção de Medicina do Adolescente da Sociedade Portuguesa de Pediatria em conjunto com a International Association for Adolescent Health.É assim que a prevenção de comportamentos de risco nestas faixas etárias é fundamental, defende a psicóloga. De acordo com dois estudos que assentam em inquéritos, feitos entre 2003 e 2004 junto de 762 adolescentes e 1356 jovens adultos de todo o país, a maior parte dos inquiridos diz estar informada sobre as vias de transmissão e as consequências da doença, mas mesmo assim não alteram os seus comportamentos de risco.O estudo conclui que existe um défice de motivação para mudar de comportamento. No entender de Marina Carvalho, falta dotar os jovens de "aptidões comportamentais", ou seja, por exemplo de ensinar os jovens a terem a capacidade suficiente para dizerem "não" a uma relação sexual não protegida e, ao mesmo tempo, a muitos falta a capacidade para saber usar o preservativo. Não basta informar e dizer que se deve usar sempre o preservativo, é preciso ensinar a usar, preconiza. "É preciso ter a certeza que a informação é transmitida e bem percebida".Os adolescentes e jovens inquiridos percepcionam as consequências negativas (infecção com HIV) de comportamentos sexuais de risco como sendo a muito longo prazo e vêem sobretudo os seus benefícios a curto prazo. Se ficarem infectados, só terão um diagnóstico daqui a dez anos, altura em que a sida terá ainda mais o estatuto de doença crónica com a qual se pode viver, refere Marina Carvalho.A psicóloga afirma que a maior parte das campanhas institucionais continua a assentar na transmissão de informação, que pode mudar alguns comportamentos, mas não a maioria e não a longo prazo.Já a psicóloga e professora da Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa, Margarida Gaspar de Matos, outra das oradoras do congresso, defende que é urgente criar "uma área curricular da educação para a saúde nas escolas", em idades entre os nove e os 15 anos. "Fazer acções informativas é mandar dinheiro pela janela", o mesmo acontecendo com o "tentar meter medo" aos adolescentes em relação aos vários riscos a que estão expostos, como o consumo de substâncias e a ingestão de bebidas alcoólicas, remata.

Fonte: Público OnLine

Seropositivos que não desenvolvem a doença ajudam em testes para futura vacina

Uma equipa de cientistas franceses identificou, com o objectivo de elaborar uma vacina, o mecanismo de defesa imunitária em seropositivos que não desenvolvem a doença.

O estudo foi elaborado com 11 seropositivos que não desenvolveram a doença, apesar de ter sido diagnosticada há mais de dez anos. “Chamou-nos a atenção que, embora estejam infectados pelo vírus, estão perfeitamente bem e sem tratamento", afirmou ao jornal francês “Le Fígaro”, Jean-Fraçois Delfraissy, líder do estudo e director da Agence Nationale de Recherches sur le Sida (ANRS). Esta categoria de doentes representa menos de 1% dos seropositivos, sendo que a particularidade destes pacientes reside no facto dos linfócitos T CD8 serem capazes de reconhecer as células infectadas e aniquilá-las.

Os cientistas que trabalham no projecto concluíram que o problema da Sida não é virológico, mas imunológico. Em testes in vitro, os cientistas constataram que os linfócitos T CD8 dos pacientes identificam e matam, de forma potente e rápida, as suas próprias células CD4 infectadas pelo HIV, mas ainda não conseguiram identificar os mecanismos internos do processo. O objectivo agora é obter, através de métodos de estimulação do sistema imunitário, os linfócitos T CD8 com o mesmo perfil. Numa segunda fase, os cientistas pretendem procurar os marcadores genéticos no genoma dos seus pacientes para encontrar a chave da capacidade de luta contra a doença, apesar de continuarem a poder transmitir a doença.

SIDA: OMS congratula-se com baixa de preços de anti-retrovirais

Nova Iorque, 12/04 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) saudou a decisão dos laboratórios Abott, sedeados nos Estados Unidos, de reduzir consideravelmente o preço dos anti-retrovirais (ARV) da segunda intenção, indica um comunicado da OMS publicado quarta-feira em Nova Iorque.

O medicamento Lopinavir/Ritonavir (LPV/r), comercializado com o nome de Kaleta/Aluvia, é considerado como um ARV da segunda intenção, eficaz no tratamento e no controlo do HIV/Sida, aumentando a sua procura.

A OMS declarou que o desenvolvimento é "animador com o aumento de pessoas tratadas com ARC nos países de fracos e intermediários rendimentos".

"Esta tendência deve-se ao aumento do número de pessoas que solicitam o acesso aos ARV da segunda intenção, na medida em que se desenvolvem resistências aos tratamentos da primeira intenção", acrescenta OMS, prometendo continuar a colaborar com os países, com os sidosos e com organizações e indústrias farmacêuticas para reforçar o acesso aos ARV.

"A OMS compromete-se a trabalhar até 2010 com vista ao acesso universal aos serviços de prevenção do HIV e ao tratamento de pessoas portadoras do HIV/Sida", lê-se no comunicado.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Apoio aos doentes com Sida


Descrição
É um serviço de aconselhamento telefónico gratuito que funciona a nível nacional. O atendimento é realizado por técnicos com formação específica na área do VIH/Sida e do aconselhamento telefónico.
Entidade Responsável
Liga Portuguesa contra a SIDA
Endereço
Liga Portuguesa contra a SIDA – Rua do Crucifixo, n.º40, 4.º Esq.- 1100-183 Lisboa
Título
Linha SOS SIDA
Telefone de Contacto
213 479 376; 213 225 575; 213 225 576
Fax
213 479 376

Sida em Portugal

Em apenas três meses foram registados 884 novos casos de VIH em Portugal, segundo resultados publicados no boletim do Centro de Vigilância Epidemológica das Doenças Transmissíveis (CVEDF) do Instituto Nacional de Saúde.
Entre 1 de Janeiro e 31 de Março, o Centro recebeu o maior número de casos desde que a epidemia entrou no país. Dos 884 casos, 55 por cento não apresentam sintomas da doença, 35,7 por cento são de sida em estado visível, 9,3 por cento estão numa fase intermediária. As idades destes seropositivos vão dos 25 aos 39 anos, e 83,8 por cento são homens.
O total de casos oficiais de VIH em Portugal são 13 287, mas os cálculos apontam para 30 mil. Destes casos identificados, 51,7 por cento são de sida, 9,3 por cento são intermediários e 39 por cento são seropositivos. De acordo com estes resultados a fase intermediária é muito reduzida, o que poderá indicar ou um rápido desenvolvimento do vírus ou uma tardia descoberta do mesmo.
Os toxicodependência continua a liderar as causas de transmissão com 33 por cento do total dos casos, seguida pela heterosexualidade (26,6 por cento) e homo/bisexualidade (28 por cento), o que contraria a ideia de que "a sida é a doença das prostitutas e dos homosexuais".

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Aposta na Prevenção

O Ministro da Saúde, Correia de Campos, afirmou em Genebra, perante a 58ª Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a Sida necessita de “uma actuação urgente no relance da prevenção”. A aposta passa por realizar acções de sensibilização que levem "à modificação efectiva de comportamentos", numa altura em que voltam a crescer as infecções entre heterossexuais, fruto de um relaxamento das precauções, e em que a doença atingiu os "quase mil óbitos anuais e elevadas taxas de incidência".

Fonte: Jornal de Notícias.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Campanha de sensibilização contra a SIDA

É importante conhecermos os riscos, para podermos viver a vida intensamente!